sábado, setembro 29, 2007

Lema

a

d

m

i

r

a

d

a


Se não é para ser de um jeito...
É de outro.

Você e a noite escura

"Eu penso em você e sinto toda a vontade do mundo
De te ter agora"

(Lobão)


Não foi platônico porque escolhi ser.
Eu tentei.
Não, não fui covarde.
Eu agi, como sempre.

Apostei as fichas.
Joguei alto.

Algo mudou - para melhor.

Tu sorriste e derreteste todo um iceberg.
Arco-íris, brilhante, com glitter, glamour.
Boás, por que não? Por quê?

Não sei se és.
Ou não.
Prefiro não descobrir
E deixar Platão acontecer.

MENTIRA!

Matemos Platão
Diz-me que não és o que todos pensam.
És tu, és tu
Todo meu.

Quem sabe um dia...
Ou não.


quinta-feira, setembro 27, 2007

Falando de música

Ouça:

- o último álbum do James Blunt - All the lost souls.
-
Coralie Clément e a bossa Samba de mon coeur qui bat.
-
Aqualung e o álbum Brighter than Sunshine.
- That's All I Ask
em versão rara cantada pela Nina Simone - PERFEITO!
- Muse: Tudo deles! Especialmente o álbum Sing for Absolution.
- Móveis Coloniais de Acaju, que você pode encontrar o vídeo de Seria o Rolex? aqui no blog, lá no arquivo.
- Idiotèque, do Radiohead. Música profunda, mas que dá para fazer um strip-tease raiz (testado e comprovado).
- Jeff Buckley chorando em Forget Her.
- Aeroplano e a voz doce do cantor, poeta e amigo, Eric Alvarenga. ;-)
- O álbum mais triste da Legião Urbana, A Tempestade.
- E o primeiro álbum do Coldplay, o Parachutes.

Por hoje é só.

quarta-feira, setembro 26, 2007

Marca-textos



Por que eu insisto?
E por que tu?

A resposta é a esperança.
Sempre esperamos que algo aconteça, algo mude.

É uma pena que queiramos coisas diferentes...

OPEN YOUR EYES

All this feels strange and untrue
And I won't waste a minute without you
My bones ache, my skin feels cold
And I'm getting so tired and so old

The anger swells in my guts
And I won't feel these slices and cuts
I want so much to open your eyes
'Cause I need you to look into mine

Tell me that you'll open your eyes [x4]

Get up, get out, get away from these liars
'Cause they don't get your soul or your fire
Take my hand, knot your fingers through mine
And we'll walk from this dark room for the last time

Every minute from this minute now
We can do what we like anywhere
I want so much to open your eyes
'Cause I need you to look into mine

Tell me that you'll open your eyes [x8]

All this feels strange and untrue
And I won't waste a minute without you

(Snow Patrow)


* Obrigada pelas canetas.

quarta-feira, setembro 19, 2007

Mãe, vou ficar só...

My Hi Fi is waiting for a new tune
My glass is waiting for some fresh ice cubes
and im just sittin here waiting for you to come on home
And Turn me on


Diálogo.

Mãe: - Belle, por que você não arruma um namorado?
Belle: -... não tenho tempo.
Mãe: - Ah, todo mundo tem tempo! Você fica aí a noite inteira no computador...
Belle: - ...
Mãe: - Não precisa ser para casar. Só um namoradinho...
Belle: - Não quero namorar qualquer um.

Agora, onde é que e vou achar alguém que compreenda os meus horários (livre, só a partir das 19 horas em todos os dias úteis. Fins de semana complicados por causa do estágio, aulas de francês - voltei a resgatar a cultura de meu pai).

Já é tão raro eu conseguir sair com os amigos... como vou administrar um homem? Que também deve ter seus compromissos - até porque desocupados estão fora da lista de possibilidades.

Sim, a lista de possibilidades existe.
Mas e a de probabilidades?

É, Mãe, eu até que estava a fim de te dar um presente, mas dessa vez, vai demorar.

Não vou mais dizer que eu não quero.
Contudo, já vi que quase não dá...

E se essas desculpas todas forem um tipo de racionalização para justificar tamanha ACOMODAÇÃO com essa vida calma? Pode ser. Deve ser.

Ah... eu queria que tudo fosse mais fácil... esses homens são tão estranhos.
Ok, eu sou também. E devo até ser mais.

E se todo mundo tem alguém, por que para mim isso parece ser tão impossível?

terça-feira, setembro 18, 2007

Ela

Por que é tão difícil mandá-la embora?

segunda-feira, setembro 17, 2007

Amar Dói

Sim, o autor está certo. E eu, de certa forma, também.

O único problema de tudo isso é que amar DÓI. E traz complicações.

Dói esperar o fim de semana para se ver o amor. E dói a separação no final do dia. Dói não poder estar com ele naquela partida de futebol onde ele foi o artilheiro.

E ao fim de tudo, dói mais.

Dóem as lembranças, a saudade, os dias vazios que se seguem.

Até que é bom acostumar-se com a solidão. Ela te priva de certas sensações muito intensas. É como andar de pedalinho sozinho em uma lagoa.

Você pode parar de pedalar quando quiser, respirar a brisa leve que bate no rosto, admirar a paisagem e voltar a pedalar na direção em que prefere.

Já quando se navega acompanhado em mar, é complicado. Há de se planejar tudo, saber das marés, da lua, evitar tempestades e enfrentá-las. Arrumar o barco, decidir para que direção ir. E nem sempre a que ele quer é a sua preferida. Bem mais complicado...

Posso dizer que a doçura se esvaiu com o tempo. Soa difícil, ridículo, hipócrita, mas é a verdade.
Egoísmo assumido, eu sei.

Enfim, é um caminho que eu escolhi.
Quem sabe temporário? Não sei.

O certo é que eu estou bem.
Por enquanto.


Como diria Renato Russo:
"Essa escravidão e essa dor não quero mais".

domingo, setembro 16, 2007

Sinto-me como Hannah

Querida Hannah,

Estava eu embebido em um de teus livros, quando um pensamento tomou conta de mim. Fiquei a imaginar o quanto pessoas que se dizem viver tão bem sozinhas, talvez sejam as que mais necessitam de companhia. É como se você se acostumasse a essa solidão. Lembro de uma frase de um dos meus escritores favoritos (Bukowski) que diz mais ou menos assim: “Você fica tão sozinho que, às vezes, isso começa a fazer sentido”. E realmente, é como se a solidão se aconchegasse a ti. Ela te trás uma calmaria enorme e, em tempos, esta calmaria te distancia de vários problemas não tão simples de resolver como: lidar com uma decepção amorosa.

Amar é tão forte. São sentimentos que tomam conta de ti e não pareces ter controle algum sobre eles. Logo, assim como tua felicidade pode ser incontrolável, o mesmo se dá com o sofrimento. É uma dor que te visita sem pedir licença e sem avisar quando irá te deixar. Viver nesse momento onde pareces não ter controle nenhum sobre o que se passa por ti, dando de cara com teus piores jeitos de ser, onde te sentes tão dependente. Tão criança. Choras por que não tens aquilo que tanto queres! Conviver conosco nesses momentos, para muitos, é uma experiência terrível. Daí o porquê de tantos quererem viver sozinhos, ou mesmo acompanhados, mas sem sentimentos, só com um corpo ao lado. É mais fácil fugir das decepções abraçando a tranqüilidade de uma vida cheia de amigos, família e trabalho, mas sem aquilo que todos os sozinhos e os “fingintes-acompanhados” sonham: encontrar aquela plenitude de um romance a dois.

Sonham sim! Mas nem todos percebem, pois a dor das ultimas decepções faz questão de manter isso bem escondido. Mas a paixão é fulminante, ela aparece quando menos esperas e desentoca tudo que estava escondido e que nunca se aprendeu a lidar, pois ao invés de encarar, nós escondíamos em algum lugar em favor de nossa bendita tranqüilidade.


Eric Alvarenga

Seria o Rolex? - Móveis Coloniais de Acaju

Mais uma mentira

Chorei o dia inteiro hoje.

Ele falou que estava viajando e estava na mesma festa que eu.

Não sei se me viu, mas consegui fingir que me diverti a noite inteira.

Só não sei se alguém acreditou na farsa.

quinta-feira, setembro 13, 2007

Carta ao Barba

Conhecemo-nos no dia 30 de abril de 2004. Eu me lembro como se fosse ontem. Foste apresentado pelo meu namorado, na época, o Bê. Vestias uma camisa azul. Compraste-nos água, mesmo sem pedirmos. Obrigada.

Achei aquilo fofo, eras grande, gordo, abrias os caminhos apertados para passarmos. Era dia de festa. Naquela época eu ainda não conhecia muitas músicas deles. E ainda cantava errado a mais famosa delas.

Fomos lanchar naquele ônibus. Todos nós. Contaste que eras poeta, fazias direito e tua mãe era administradora, como eu, e professora, mas não da minha faculdade. Tinhas um blog. "Como parar de fumar e ser um homem de negócios", ou algo assim. Eu me lembro. Lembro do teu nariz perfeito e que chamava a atenção. Sim, eu tinha namorado, mas fiquei deslumbrada.

Um dia saímos para assistir um filme épico. Eu acho que, neste dia, eu usei o meu all star, foi quando percebi o quanto eras alto.

No começo de agosto o meu namoro acabou. Eu tinha sido traída, mas eu já o havia traído... em pensamento... e contigo.

Encontramo-nos novamente em meio à multidão e me perguntaste: "Cadê o teu namorado?". E respondi sorrindo: "Ex!". Respondeste: "Ah, desculpa, eu não sabia", e eu sorri de novo: "Tudo bem". :)

Foi neste dia que trocamos e-mails.

Duas semanas depois, vieste ao nosso encontro em uma festa. Disseste a uma amiga que eu era muito bonita. E eu te levei "prali". Uma banda de rock local tocava "A Flor", do mesmo artista do show em que nos conhecemos. E a gente se beijou. Lembro que, quando estávamos sentados à mesa, uma garota no segundo andar gritou: "Aê! Barba se deu beeeeeeeem!". Coisa de adolescente... que era o que éramos. era catorze de agosto de 2004.

Eu usava creme para espinhas, ainda... lembro da minha pele irritada por causa da tua barba.

Escrevi algo sobre aquela noite e pediste explicação. Saímos mais alguns dias sem compromisso algum. Fomos ver aquele fime que não chegamos a assistir, tomamos o sorvete politicamente incorreto, enquanto me contavas o jeito do ex quando contaste a ele que agora estávamos saindo. Quase acertaste quando chutaste minha altura...

Tiraste a foto com o palito de fósforo porque eu não queria posar contigo. Jogaste fora o meu chiclé de canela. E a gente conversou no mesmo ônibus do primeiro dia.

Quando me pediste em namoro, não acreditei, ri, tirei sarro. Você? Logo você? Vou pensar...

Recitaste Nietzsche, versículo 37, eu acho... falaste do fogo e do ar... comparando com a paixão e eu sorri.
"Tu gostaste". E eu disse sim. Naquela poltrona amarela, observando o desktop hipercolorido do seu computador. Todos aqueles livros, o leitão, a joaninha, a foto de você magro, a coletânea do Roberto Carlos em mp3, Sonnet. E eu saí dali. Tu me observaste da porta do apartamento. Eu entrando no elevador e tu dizendo: "Te cuida".

Sorri e não acreditei. Era tua namorada. Quase fui atropelada, com essa mania de atravessar a rua sem olhar, de tão feliz. Enfim...

Apareceste um dia após a festa da minha vida, depois de não ter comparecido a ela. Deverias estar conhecendo a que seria minha substituta, beijando-a após fazê-la mastigar todas aquelas mentas super-fortes, afinal, ela estava bêbada e tinha acabado de vomitar a pizza, ou lasanha, que havia comido.

E a gente terminou, no dia em que saímos para comer a batata suicida e ver livros na farmácia. Entardecia. Era um dia triste. Eu usava azul, e óculos. Tu usavas uma daquelas camisetas alaranjadas de nome "sábado à tarde". Was it over?

Que nada...

Em 2005, outro encontro no cinema. Em 2006, outros tantos...
E, agora, de novo, e de novo...

Por que não acaba?
Porque não acaba com a gente.
E não acaba de vez, comigo?

Se tudo o que é bom dura tão pouco...
Isso deve ser um tanto ruim.

Deveria, mas não é.

sexta-feira, setembro 07, 2007

Enjoy The Silence: Tori Amos versus Depeche Mode

Palavras como violência
Quebram o silêncio
E vem se chocar com
O meu pequeno mundo
É doloroso para mim
Elas penetram em mim
Você nunca poderia compreender
Minha garotinha

Tudo o que eu sempre quis
Tudo o que eu sempre precisei
Está aqui em meus braços
Palavras são desnecessárias
Elas só nos causam desgostos

Promessas são feitas
Para serem quebradas
Sentimentos são intensos
Palavras são triviais
Prazeres ficam
Então nos causam desgostos
Palavras são sem sentido
E são esquecíveis

Tudo o que eu sempre quis
Tudo o que eu sempre precisei
Está aqui em meus braços...







* Its not over yet.

domingo, setembro 02, 2007

A última coisa que eu quero é ficar com você ALGUÉM agora...

Actually, I'm very fine, thanks.

Por favor, pare de telefonar, mandar mensagens de madrugada ou fazer chantagens emocionais via msn.

Pela primeira vez após a cirurgia que acabou com minha auto-estima (quando, na verdade, deveria ter melhorado) eu me sinto bem, sozinha.

Já devo ter comentado antes que foi por causa dela que perdi o meu namorado de dois anos, o qual já estava "prometido" a casar-se comigo. Enfim... depois disso, foram as cirurgias plásticas, a academia, a dieta, o dumping, a suspeita de bulimia, os casos, os casos e os casos de um mês.

Eu não sabia estar sozinha.

A cada "promessa", a cada gesto carinhoso, a carência me fazia envolver. Com homens mais velhos, comprometidos, bon vivants, pseudo-intelectuais ou irresponsáveis. Cada um tinha um defeito asqueroso que me fazia chorar de raiva. Enfim, ok, ok, você foi perfeito. Mas não!

Preciso ficar só. Preciso aproveitar esta chance que dou a mim mesma de estar feliz ao tomar um creme de cappuccino sozinha e ficar com a cereja só para mim.

Preciso não me preocupar em dar satisfações de onde e para onde eu vou. Chegar a hora que quiser em casa. Beber com as amigas. Dançar até o chão. Dar uma de 'porra louca', agora que eu posso e sou querida. Agora que tenho amigos de verdade.

Por favor, pare de ligar.

Estou DEFINITIVAMENTE me namorando agora.