quarta-feira, novembro 28, 2007

Saudade...

No dia 27 de dezembro, eu estarei lá. Como eu escrevi certa vez, "eu quero ser presente, não passado a ser lembrado, nem futuro a ser especulado".

Não há mais o gosto com a farofa e nem ao ver a bandeira do Pará estampada em uma camiseta. O cupuaçu é insípido e todas as lembranças atraem tristezas e arrependimentos.

Cada um cria o seu próprio inferno.

Memórias trazem dor.
Não adianta fingir.

Ainda penso...

domingo, novembro 18, 2007

Prece para se libertar de apegos emocionais

Ó grande e compassivo Buda!
Tens ouvido uma voz humilde,
Rezando a ti com sinceridade?

Ó, Buda!
Eu tenho afundado em uma lama de apegos emocionais;
Se eu não me levantar,
Afogo-me aqui, agora mesmo!
Tenho me agarrado em uma teia de aranha de apegos emocionais;
Se eu não escapar,
Sufoco aqui, agora mesmo!

Ó grande e compassivo Buda!
Rezo para que me concedas a força necessária
Para escapar da prisão dos apegos emocionais;
Rezo para que me concedas a coragem
Que me permitirá marchar em direção a um novo futuro.

Tantos amigos e parentes me aconselham:
O amor romântico é como
A arrebentação das ondas no oceano;
Pessoas que se arriscam, ao brincar nas ondas,
Acabarão sendo devoradas pela aparentemente
Bela arrebentação das águas do oceano.
Entretanto, eu que ainda ajo sem princípios, me agarro a ilusões;
Eu sei que “o oceano do amor tem ondas de 100 pés”,
E, ainda assim, eu desconsidero os perigos;
Sei que “o oceano do sofrimento tem uma centena de ondas de arrebentação”,
E, ainda assim, não sei como voltar atrás.

Muitos sábios e pessoas virtuosas me dizem:
“O amor romântico é como comer mel na lâmina de uma faca;
mais cedo ou mais tarde, você será cortado pelo corte afiado”.
Entretanto, eu, que tenho apegos emocionais profundos,
Não consigo me controlar;
Quanto tempo perco!
Quantas oportunidades deixo passar!

Ó grande e compassivo Buda!
Por meio de tua habilidade e tranqüilidade,
Por favor, deixa-me obter a realização da natureza intrínseca do amor;
Por meio de tua compaixão e sinceridade,
Por favor, deixa-me criar a Terra Pura neste mundo humano.

Devo purificar e expandir
O amor romântico e transformá-lo em
Amor pela sociedade e pela nação;
Devo elevar o amor a um nível mais alto
E transcendê-lo, para que, então, ele se transforme
Em um serviço sem interesses nem expectativas.

Ó grande e compassivo Buda!
Por causa do apego emocional,
Tantas pessoas se prejudicaram
E tantas outras causaram tragédias.

Ó Buda, rezo por Vossa proteção:
Que possamos elevar o amor a um nível mais alto pela razão;
Que possamos purificar o amor pela compaixão;
Que possamos governar o amor pela moralidade;
Que possamos guiar o amor pela ética.

Ó grande e compassivo Buda!
De agora em diante, vou renunciar às horríveis algemas do apego emocional,
E trazer à cena o amor benevolente e genuíno;
De agora em diante, vou me distanciar do sofrimento,
Causado por alternar amor e ódio,
E criar uma vida de compaixão e sabedoria.

Rezo para que, de agora em diante:
O afeto e o amor ao Darma transbordem
E tranqüilize a vida de todas as pessoas;
O afeto e o amor ao Darma preencham todo o universo
E motive a carreira de todas as pessoas.

Ó grande e compassivo Buda!
Por favor, aceita minha prece mais sincera!
Ó grande e compassivo Buda!
Por favor, aceita minha prece mais sincera!

sábado, novembro 17, 2007

quinta-feira, novembro 15, 2007

Nada mais para o momento

Sem vontade nem de escrever.

Eu acredito que ele foi uma das rara pessoas que gostavam de mim de verdade. Porque a gente conversava calado, só de se olhar.

Ele estava longe, mas tinha o coração tão perto.

Infelizemente, eu nunca fui O SUFICIENTE.
E nunca serei.

quarta-feira, novembro 14, 2007

Síndrome do Amor Negativo

O Centro Hoffman realiza em Campinas, em parceria com o GEA - Grupo de Estudos sobre o Amor, a palestra “Livrando-se da Síndrome do Amor Negativo”. O evento é aberto ao público e acontece às 19h30, no dia 22 de outubro, no CCBEU - Centro Cultural Brasil Estados Unidos (Av. Júlio Mesquita, 606 Cambuí - Campinas). A palestra será ministrada pela especialista em reeducação emocional, Heloisa Capelas, que é Diretora Terapêutica do Centro Hoffman em São Paulo.
A Síndrome do Amor Negativo é um conceito criado em 1967 pelo norte-americano Bob Hoffman, um autodidata com profundo conhecimento da natureza humana. Consiste no fato de as pessoas adotarem os comportamentos, atitudes, traços e admoestações negativas (abertas ou encobertas) de seus pais, na esperança de que eles as aceitem e as amem incondicionalmente. “Essencialmente, no sentido mais amplo, o Amor Negativo nada mais é do que o estado de se sentir indigno de ser amado”, afirma a palestrante. Heloisa explica que o problema é o fato de as pessoas continuarem usando esses traços de forma inconsciente e compulsiva quando adultas, até o fim da vida. “Estas negatividades são as barreiras reais à realização e à paz pessoal. Todos nós somos afetados por elas todos os dias, em um nível pessoal e coletivo”, completou.
Segundo a especialista, por melhor ou pior que uma pessoa tenha internalizado os seus pais na infância, quando adulta ela freqüentemente se observa agindo exatamente como eles. “É muito comum ouvir as pessoas falarem ´eu odiava quando ele (ou ela) fazia isso, e agora eu estou aqui fazendo o mesmo´. É fácil entender por que, quando criança, uma pessoa adotou os comportamentos positivos dos seus pais. Difícil é entender por que a pessoa também adota os comportamentos negativos deles”, afirma Heloisa, destacando que os pesquisadores têm dado pouca ênfase na compreensão desse quebra cabeça.
Segundo os conceitos de Bob Hoffman, o caminho para nos livrarmos do amor negativo é o perdão. “Somente quando formos capazes de perdoar nossos pais, experimental, emocional e intelectualmente, poderemos então nos perdoar e encontrar a paz interna”, afirma Heloisa. A palestrante diz que para alcançar essa tão almejada meta precisamos chegar a um profundo senso de compreensão sem condenação e de aceitação pelas crianças que nossos pais foram um dia: “Então poderemos ser totalmente livres para aceitar e amar os adultos que eles se tornaram”, completa a profissional.
Heloisa Capelas é terapeuta familiar especializada em reeducação emocional. Diretora Terapêutica do Centro Hoffman desde 1998, ela é formada em Assistência Social e pós-graduada em Administração, com enfoque em Recursos Humanos. Master Practitioner em Programação Neurolinguística, com formação em motivação e conquista de objetivos, fez especialização em Psicodinâmica aplicada aos Negócios.
Fonte: http://www.jornalocal.com.br/noticias/?id=2873

Obrigada, Nil.

sábado, novembro 10, 2007

O Problema é meu

Nunca falei que não era.

segunda-feira, novembro 05, 2007

De novo, ele me assombra

Faz, exatamente, uns três dias que ele me reapareceu depois da última discussão homérica ao telefone, na qual ele me ridicularizava em último grau e eu chorava copiosamente sobre o travesseiro. Eu havia acreditado, mais uma vez, erroneamente, que ele, finalmente, descobrira-me o real valor.

Depois do acontecimento, eu decidi então eliminá-lo de vez. Cortar-me as asas, os links existentes, os fios que nos uniam. Todas as conexões foram, não exterminadas, mas afastadas de mim. E eu sequer movi uma palha para que eu as encontrasse novamente.

Então eu segui. Ás vezes, lembrando, não mais com saudades, e sim, com grande pesar. Um quê de 'poderia ter valido a pena' se nada do que aconteceu tivesse ocorrido. O problema é que o passado existe e afeta diretamente o meu presente. Toda mágoa reflete agora.

Ele voltou. Pedindo desculpas, dizendo "às vezes ficamos meio loucos". Enfim. Estava longe, viajando, conhecendo novas culturas, gostos, cultivando novos laços, contando piadas novas e ridículas daquelas que somente americanos se divertem ao escutar. Estava ali, longe, com distrações demais para lembrar que eu existia.

Temo imaginar o motivo de sua lembrança. Será que o pensamento foi "não estou fazendo nada... vamos brincar um pouco com Belle Annelise. Ela me parece feliz, vou artazaná-la só para me divertir mais um pouquinho"? Esta é a única possibilidade que me vem à mente. Senão a única, a muito mais provável de acontecer.

Ele voltou dizendo que sente a minha ausência. E que me provaria a verdade em entrelinhas. Que verdade? perguntaria eu. A verdade é que 'toda essa história' já passou da validade, mas não posso negar que ainda me atormenta.

Porque se eu pareço estar sem rumo, tenho dó de quem nunca o teve. E eu acredito nisso... pois se, para ele, houvesse um rumo, este tentaria segui-lo e olhar para frente, esquecendo assim, o que ficou para trás.

sábado, novembro 03, 2007

Vícios

Homens sempre me foram vícios. Eu só falo neles e no meu azar para com eles neste blog. Chego a ser repetitiva e assumo que isto me é uma obsessão.

Eu nasci para ser uma boa dama. Educada, divertida, culta. Para mim, toda mulher que procura homens abastados são prostitutas. Então estudei muito, trabalho muito, até mais do que deveria... para ter dinheiro suficiente para cuidar de quem eu quisesse. Do homem que eu escolhesse.

Enfim.

Quando acontece eu sempre faço o favor de estragar tudo. Cuidar demais. Pensar demais. Calcular demais. Para eles, é controle. E quem perde o controle sou eu.

Descontrolada. Louca. É assim que eles me vêem ou que eu faço questão de ser vista. Talvez por auto-punição. Para continuar na "segurança" de estar só.

Então, como sempre, melhor bater em retirada.

Adeus.

quinta-feira, novembro 01, 2007

Eu sou Camille Claudel

Tendo deixado sua família pelo amor de Rodin, ela trabalha vários anos a serviço de seu mestre e mantendo-se à custa de sua própria criação. Por vezes, a obra de um e de outro são tão próximas que não se sabe qual obra do mestre ou da aluna inspirou um ou copiou o outro. Além disso, Camille Claudel enfrenta muito rapidamente duas grandes dificuldades: de um lado, Rodin não consegue decidir-se em deixar Rose Beuret, sua companheira devotada desde os primeiros anos difíceis, e de outro lado, alguns afirmam que suas obras seriam executadas por seu próprio mestre. Assim sendo, Camille tentará se distanciar, percebendo-se muito claramente essa tentativa de autonomia em sua obra (1880-94), tanto na escolha dos temas como no tratamento: A Valsa [figura](La Valse — Museu Rodin) ou A Pequena Castelã (La Petite Châtelaine, Museu Rodin). Esse distanciamento segue até o rompimento definitivo em 1898. A ruptura é marcada e contada pela famosa obra de título preciso: A Idade Madura (L’Age Mûr – Museu d'Orsay).

Ferida e desorientada, Camille Claudel nutre então por Rodin um amor-ódio que a levará à paranóia. Ela instala-se então no número 19 do quai Bourbon e continua sua busca artística em grande solidão apesar do apoio de críticos como Octave Mirbeau, Mathias Morhardt, Louis Vauxcelles e do fundidor Eugène Blot. Este último organiza duas grandes exposições, esperando o reconhecimento e assim um benefício sentimental e financeiro para Camille Claudel. Suas exposições têm grande sucesso de crítica, mas Camille já está doente demais para se reconfortar com os elogios.

Depois de 1905, os períodos paranóicos de Camille multiplicam-se e acentuam-se. Ela crê em seus delírios que Rodin está apoderando de suas obras para moldá-las e expô-las como suas, que também o inspetor do Ministério das Belas-Artes está em conluio com Rodin, e que desconhecidos querem entrar em sua casa para lhe furtar as obras. Ela vive então em um grande abatimento físico e psicológico, não se alimentando mais e desconfiando de todos.

Seu pai, seu porto-seguro, morre em 3 de março de 1913. Em seguida, em 10 de março, ela é internada no manicômio de Ville-Evrard. A eclosão da Primeira Guerra Mundial levou-a a ser transferida para Villeneuve-lès-Avignon onde morre, após trinta anos de internação, em 19 de outubro de 1943, aos 79 anos incompletos.

Fonte: Wikipédia.




La Valse, Camille Claudel