Desde a "transformação" tem sido assim...
Ele olha, de longe. Lança olhares de simpatia e sorri. Se retribuo, chega perto.
O papo se torna interessante. Ficamos. Se dá certo, namoramos.
Então ele começa a perceber que sou simples. Não uma linda garota que sai em busca de paqueras ou encontros, e sim algupem que sai para se divertir.
No dia-a-dia, visto jeans e uma camiseta apropriada para o calor da cidade, nem muito aberta, nem muito fechada, apenas confortável. Não penteio o cabelo quase nunca - grande vantagem de ter os cabelos lisos. Dispenso maquiagem, uso filtro solar. É preciso.
Ou seja, aquela imagem de novela, a modelo, a mulher ideal, vista à noite, durante a balada, esvai-se. O sonho também, assim como, a felicidade do meu parceiro em exibir seu grande troféu.
Vê que o troféu está por dentro - e tenho certo orgulho disso. O fato de ter sido sempre a mais gorda da classe, e a mais feia das minhas amigas, fez-me lapidar o que havia de bonito em mim: a personalidade.
Mamãe tratou do resto. Investiu na cirurgia bariátrica, pagou plásticos, massagistas, personal trainer, nutricionista. E eu, submissa-escrava e, sim, até grata, suportava todo o sofrimento de carregar pesos, comer sabiamente (mesmo podendo ingerir chocolates, queijos e tudo de mais maravilhoso que há no mundo, sem o risco de engordar) apenas para agradá-la.
Pelo visto, ela está feliz agora.
Mas, para mim, de nada adiantou tudo isso.
Eles continuam preferindo a supericialidade natural daquelas que sempre foram belas.
quarta-feira, março 29, 2006
domingo, março 19, 2006
sábado, março 18, 2006
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