Se és tu quem bate à porta, por que não entras?
Então me vês e viras as costas. Abraças uma guria alta e desconhecida. Seria ela de um mundo diferente ao nosso? Alguém mais maduro que nós, que não costuma brincar e leva as coisas muito a sério para sorrir no meio do caminho...
E com ela, observas minha felicidade falsificada em sorrisos fabricados. E os movimentos que tento disfarçar, balançando o corpo para distrair-te de minhas pernas trêmulas e confessas.
E se não fosse a pouca luz do ambiente, terias percebido o olhar triste o qual cultivo desde que partistes. Não fosse a música alta, notarias o tom embargado de minha voz, tentando disfarçar o que estava à mostra.
Mesmo assim, sobrevivo. Sem saber o que queres e por que ages assim.
Apenas caminho tentando não pensar nisso...
sábado, maio 27, 2006
quinta-feira, maio 18, 2006
Iniciativas
- assumir o que sou. Personagem literária e fim. tenho passado e presente. O futuro à Criadora pertence. A mim, só resta rezar para que ela me quiera o melhor.
- voltar ao ballet. Fiz a matricula. Assisti à minha amiga-dançarina-flamenca dançar. Chorei com o rodado de sua saia vermelha e preta e ao ouvir suas castanholas. sábado era dia de flamenco. Amanhã, sexta, reinicio as aulas de ballet.
- levar o Sebastian para tosar, dar banho. Passear com ele, se der. Programação de fim de semana. O coitado anda cabisbaixo com toda a minha paralisação. Sinto que ele sabe como me sinto. Talvez eu tenha uma má influência sobre o humor do meu cachorro. Tomara que ele não se aventure a comer exacerbadamente como a dona. Um labrador obeso seria dose...
- voltar ao ballet. Fiz a matricula. Assisti à minha amiga-dançarina-flamenca dançar. Chorei com o rodado de sua saia vermelha e preta e ao ouvir suas castanholas. sábado era dia de flamenco. Amanhã, sexta, reinicio as aulas de ballet.
- levar o Sebastian para tosar, dar banho. Passear com ele, se der. Programação de fim de semana. O coitado anda cabisbaixo com toda a minha paralisação. Sinto que ele sabe como me sinto. Talvez eu tenha uma má influência sobre o humor do meu cachorro. Tomara que ele não se aventure a comer exacerbadamente como a dona. Um labrador obeso seria dose...
domingo, maio 14, 2006
Caio Fernando Abreu
"Continuo a pensar que quando tudo parece sem saída, sempre se pode cantar. Por essa razão escrevo.”
terça-feira, maio 09, 2006
Autopsicografia
O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração.
sexta-feira, maio 05, 2006
Música para Stripe-Tease
Na primeira vez que ouvi essa música, diminuí a luz do quarto e, na penumbra, comecei a da dançar na frente do espelho.
A batida, o sussurro, os olhos fechados imaginando estar em uma boate, aparentemente sozinha, com holofotes à minha mira - não enxergando ninguém, apenas sentindo o tuntz tuntz rítmico que incita os ânimos.
IDIOTÉQUE
Who's in bunker, who's in bunker?
Women and children first
Women and children first
Women and children
I'll laugh until my head comes off
I swallow till I burst
Until I burst
Until I..
Losing bunker, losing bunker
I've seen too much
I haven't seen enough
You haven't seen enough
I'll laugh until my head comes off
Women and children first
And children first
And children..
Here alone, everything all of the time
Here alone, everything all of the time
Ice age coming, ice age coming
Let me hear both sides
Let me hear both sides
Let me hear both..
Ice age coming, ice age coming
Throw me in the fire
Throw me in the fire
Throw me in the..
We're not scaremongering
This is really happening, happening
We're not scaremongering
This is really happening, happening
Mobiles swirking
Mobiles chirping
Take the money and run
Take the money and run
Take the money..
Background:The first of the children
(Radiohead)
A batida, o sussurro, os olhos fechados imaginando estar em uma boate, aparentemente sozinha, com holofotes à minha mira - não enxergando ninguém, apenas sentindo o tuntz tuntz rítmico que incita os ânimos.
IDIOTÉQUE
Who's in bunker, who's in bunker?
Women and children first
Women and children first
Women and children
I'll laugh until my head comes off
I swallow till I burst
Until I burst
Until I..
Losing bunker, losing bunker
I've seen too much
I haven't seen enough
You haven't seen enough
I'll laugh until my head comes off
Women and children first
And children first
And children..
Here alone, everything all of the time
Here alone, everything all of the time
Ice age coming, ice age coming
Let me hear both sides
Let me hear both sides
Let me hear both..
Ice age coming, ice age coming
Throw me in the fire
Throw me in the fire
Throw me in the..
We're not scaremongering
This is really happening, happening
We're not scaremongering
This is really happening, happening
Mobiles swirking
Mobiles chirping
Take the money and run
Take the money and run
Take the money..
Background:The first of the children
(Radiohead)
quarta-feira, maio 03, 2006
De novo, não!..
Há mágica no olhar. Tudo é assim, cor de rosa, fugindo do azul que me persegue.
Mal posso escrever de tão trêmulas as mãos.
Eu o vejo assim, distraído, como quem acabou de nascer e só se preocupa em abrir os olhos.
Ele não me vê, porém posso sentí-lo como a chuva que toca e gela o meu enrubescido rosto.
O coração se debate em paredes apertadas, fazendo soar o tuntz tuntz tuntz tão peculiar e tão clássico.
Já aconteceu outras vezes e percebo-me fugindo de mim, apertando os passos como se fugisse de um cachorro enraivecido ou deste sentimento tão bom e que me faz tão mal, agora.
Socorram-me, tirem-me daqui!! Nâo pode estar acontecendo novamente.
Não por ele...
Mal posso escrever de tão trêmulas as mãos.
Eu o vejo assim, distraído, como quem acabou de nascer e só se preocupa em abrir os olhos.
Ele não me vê, porém posso sentí-lo como a chuva que toca e gela o meu enrubescido rosto.
O coração se debate em paredes apertadas, fazendo soar o tuntz tuntz tuntz tão peculiar e tão clássico.
Já aconteceu outras vezes e percebo-me fugindo de mim, apertando os passos como se fugisse de um cachorro enraivecido ou deste sentimento tão bom e que me faz tão mal, agora.
Socorram-me, tirem-me daqui!! Nâo pode estar acontecendo novamente.
Não por ele...
Assinar:
Postagens (Atom)