domingo, maio 10, 2009

Um Belo dia para Morrer

Se eu tivesse coragem de jogar tudo fora, mas e o medo de não haver nada do outro lado? Na verdade, essa é a certeza que tenho... não tenho tanta dor que não possa suportar. Sempre confio que tudo há de mlehorar um dia, mesmo que não melhore. Posso me enganar dizendo que sim, que sou feliz por ter amigos, mas a falta do que me falta me envergonha tanto que é melhor não sair de casa, não falar com ninguém.

Hoje seria um belo dia para morrer, mas eu queria morrer de verdade, sem dor, e com certeza (não queria tentar morrer e não conseguir, sabe?) e que não fosse por minha culpa.

As únicas pessoas que se importam comigo são as que estão longe. Em minha casa, o único que veio atrás de mim só para ficar ao meu lado foi o Sebastian, meu labrador.

Se não puder morrer, queria me transformar num cachorro. Aliás, no meu cachorro. Ele parece tão feliz, tão tranquilo, e o é só por ajudar todo mundo, ser amigo.

Hoje seria um belo dia para morrer, sem arrependimentos. Pois aqui já fiz tudo. E eu não quero mais sofrer.

3 comentários:

Sandro Fortunato disse...

E amanhã sempre será um belo dia para viver. Muita gente se importa verdadeiramente com você. Até eu, que nem a conheço.

Raphael R Barbosa disse...

E amanhã sempre será um belo dia para viver. Muita gente se importa verdadeiramente com você. [2]

Dia após dia
experimentamos
Dia amargo, dia doce
Som e silêncio da mesma sinfonia
Uma sinfonia meio-amarga

(agora assovia o comecinho da música do The Verve)

Unknown disse...

Annelise,
Não sei direito como vim parar no seu blog, mas li alguns posts porque me chamaram muito a atenção. Não costumo comentar em blogs, mas...
De repente encontrei um post sobre a sua cirurgia... me identifiquei com sua história, apesar de meu papel ser outro...
Namorei, não, AMEI uma garota por 5 anos que também passou por uma. Só que ao contrário do seu caso ela é quem decidiu partir. Ela mudou.
Assim que percebeu os olhares pra ela quando começou a fazer as plásticas mudou tanto que decidiu tocar a vida sem a minha presença.
Fiz tudo que pude para que desse certo, mesmo. Estava sempre por perto, acompanhei-a em todos os momentos, consultas, cirurgias, recuperações, ao banheiro quando algum alimento "não descia"... Morávamos juntos...

Não consegui, ela terminou.
Achei que aquela dor não fosse acabar nunca... Voltei pra casa da minha família.

Não vou me prolongar muito mais...

Aquilo doeu, mas a vida continua... ela viveu as suas "desejadas e antes impossíveis" aventuras...
Tentamos algumas vezes voltar, mas não deu, a fórmula de antes não funcionava mais.

Como você disse em outro post, cortei os links, afastei as possibilidades de contato e os sentimentos se transformaram até desaparecerem...
Hoje, quase 4 anos depois estou FELIZ com outra pessoa, numa situação em que não me imaginava, sentimentos que achei que não fosse mais sentir...
E pés gelados que sempre procuram os meus para se aquecer no inverno.

NÃO é um belo dia para morrer, como disse o Fortunato:
"...amanhã será um belo dia para viver..."