sábado, março 14, 2009

Das Cartas que Escrevi para Ti

De toda a minha parca literatura, eu sempre lembro as cartas que escrevi para ti. Enviei a maioria, muitas vezes, sem respostas. Como a de hoje...

No entanto, ainda consigo sobreviver com o teu desprezo temporário, sempre recorrente.

Talvez o meu amor por ti esteja atrelado à minha escrita. Quando penso em ti, e no que sinto, escrevo e sempre acho tudo muito bonito, bem (d)escrito.

Quando lembro dos teus poemas brincando com palavras com letras enstre parênteses... ou somente quando lembro que eles não foram escritos para mim.

Eu estou aí, dentro de ti, em algum lugar eu estou. Pode ser na gaveta do quarto, no bolso do paletó, embaixo da cama ou sob o tapete, junto com a sujeira que teimas em esconder. Mas sei que estou.

Não estou ao seu lado, como outras tantas e como eu queria estar...

Basta a mim estar feliz por tua felicidade. Mesmo com o teu desprezo em relação a mim, estou aqui, torcendo por ti. Mesmo que não prestes atenção enquanto eu olho em sua direção.

Vamos embora para Pasárgada? Juntos? Crescer como já crescemos nestes últimos quatro anos. Nem que eu esteja de longe à espreita. Eu só não quero perder nada...

E sei, que um dia, vais voltar para o meu abraço. E é nessa esperança que eu deposito a certeza do meu amor crescente e constante (um paradoxo?) por ti.

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